12 julho 2008

estágios e enganos

Hoje no Porto, no âmbito da SET - Semana das Escolas de Teatro, há uma conversa sobre o futuro profissional dos alunos destas escolas. O que os espera no final do curso?

Julgo que se conversará sobre saídas profissionais, enquadramento legal do exercício profissional, o que temos agora e aquilo por que temos de lutar ainda. Espero que também se converse sobre a responsabilidade individual nas avanços e recuos colectivos. E espero que se denunciem os engodos sobre as saídas profissionais das escolas.

Nesta cidade (e neste país?) em que, nos últimos tempos, se afirma impunemente e sem qualquer vergonha que o entretenimento é profissional e a arte é amadora (mas militante, claro!), sempre que é preciso meios para algum projecto aparece alguém a oferecer a mão de obra gratuita de alunos. Ou seja, contratar um profissional para fazer o seu trabalho não é possível. Mas usar o trabalho não pago de um aluno é. E tentam convencer-nos de que isto é bom. É dar lugar às novas gerações. O que não se diz é que o lugar só é dado enquanto são estudantes. Quando forem profissionais que cobram pelos seus serviços, serão trocados pela geração dos que têm menos um ou dois anos e ainda estão na escola.

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