Rui Rio atacou de forma alarve "os agentes culturais". Confundiu arte contemporânea com cultura, profissionais das artes com vida cultural. Não percebeu e não percebe nada. Afirma orgulhoso a sua boçalidade. Podemos tentar explicar que investigação é diferente de educação e que investigadores e professores não são sinónimo de vida académica, embora uns não existam sem os outros. Mas não vale a pena. Porque para Rui Rio o poder autárquico é a cidade e o partido é o poder.
Mas até Rui Rio percebe que o que é demais enjoa. E cansa. Continuar a criar grandes eventos à volta da sua estupidez cultural já não é realmente notícia. Qualquer dia as pessaos cansam-se de tanto debater cada uma das suas ofensas à vida cultural da cidade e, num daqueles instantes de calmaria que permitem olhar o horizonte, vêem todo o podre que já se instalou.
A anunciada entrega do Rivoli ao La Feria será notícia por quanto tempo? E o Quim Barreiros a abrilhantar a festa de fim de ano? Alguém acredita mesmo que Rui Rio acha que estas são boas opções? São as escolhas que podem continuar a alimentar notícias. Rui Rio faz da estupidez um marco de coerência.
O ar austero de colarinho apertado até ao útimo botão continua a enganar. Tivesse ele uma barriguinha e a gola desalinhada e todos viam o óbvio. Assim persiste uma qualquer ilusão de justiça e honestidade nos seus erros. Por algum estranho motivo parecemos achar de confiança quem se esforça por mostrar que não tem prazer na vida.
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