29 setembro 2008

O que não se pode é ficar quieto

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Desde o início do ano morreram 46 mulheres vítimas de violência doméstica em Espanha.
Desde o ínicio do ano morreram 36 mulheres vítimas de violência doméstica em Portugal.

Espanha tem 45 milhões de habitantes, Portugal tem 10.


título e imagens folhos e confettis
texto vida breve
via 5 dias

o pé na porta

Aqui há uns tempos encontrei uma empresa, que me está a ser muito útil, graças aos anúncios do google. E, ingenuamente, convenci-me da bondade desta publicidade direccionada. Pensei eu que era uma forma não completamente idiota de ter informação sobre alguns produtos sem me sujeitar à tralha toda. Engano.
Hoje descobri nos anúncios deste blog um produto concebido para enganar adolescentes. E assim acabou o adsense neste canto.

O dinheiro e o monstro



Vi pela primeira vez graças ao Guilherme, já lá vão uns meses. É comprido, mas é para ver até ao fim.

23 setembro 2008

Bolhão


No próximo Sábado, dia 27 de Setembro, 16:00H, no Salão Nobre do Ateneu Comercial do Porto será entregue, pela Plataforma de Intervenção Cívica do Porto, a Proposta de Reabilitação do Mercado do Bolhão.
Será ainda apresentado, às 17:00H, o documentário em vídeo "Cidade com Memória" que retrata a Cidade do Porto e em particular o Mercado do Bolhão através de mensagens em vídeo de diversas personalidades do País, como:
  • Cineasta Manoel de Oliveira
  • Arquitecto Siza Vieira
  • Maestro Pedro Osório
  • Músico Rui Veloso
  • Actriz Simone de Oliveira
  • Escultor José Rodrigues


post roubado

à crónica do Rui Tavares no Público
No século XVIII, Voltaire criou o Professor Pangloss, personagem que representava o filósofo dogmático que, por mais desgraças que visse — massacres, estupros, escravidão — dizia sempre que “tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis”. Não seria difícil recriar, hoje em dia, a personagem do gestor Pangloss ou do político Pangloss. A tua empresa faliu e foste despedido? Isso é estupendo, porque o mercado se liberta espontaneamente das ineficiências. Os bancos deram cabo do jogo? É a purga necessária após necessária após um período de exuberância. Houve gente que perdeu casas, seguros de saúde, pensões de reforma? Wunderbar! Tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis. Estás a morrer de uma infecção generalizada? Sim, mas repara que as bactérias gozam de excelente saúde.

20 setembro 2008

Nós baseamo-nos em factos. O Ministério da Cultura baseia-se em quê?

Na proposta de regulamento para apoio às artes compara-se Lisboa e Porto. A PLATEIA diz que é inaceitável. O Director Geral das Artes disse hoje numa entrevista a uma rádio que não é bem assim. Então como é?

O distrito do Porto é o mais pobre do país. A Região Norte é a que tem o menor PIB per capita e o maior número de famílias a receber o Rendimento Social de Inserção. A Região de Lisboa e Vale do Tejo é a que tem o PIB per capita mais alto do país e o maior índice de poder de compra.

O financiamento actual do Ministério da Cultura às artes performativas está distribuído do seguinte modo:

A Região Norte tem o mais baixo investimento por habitante e a Região de Lisboa e Vale do Tejo o mais alto investimento por habitante;

A Região Norte não tem nenhuma estrutura no patamar mais alto de financiamento e a Região de Lisboa e Vale do Tejo tem o maior número de estruturas no patamar mais alto de investimento;

A Região Norte tem 1 estrutura financiada por cada 105.483 habitantes e a Região de Lisboa e Vale do Tejo tem 1 estrutura financiada por cada 39.342 habitantes
(este é o único indicador em que há uma região "abaixo" do Norte; no Centro só há uma estrutura financiada por cada 123.923 habitantes. Não há, naturalmente, nenhuma região, em qualquer indicador, "acima" de Lisboa e Vale do Tejo).

O que é que nós não estamos a ver?
Que as Berlengas não têm nenhuma estrutura financiada e por isso estão bem pior do que nós?

15 setembro 2008

uma peculiar noção de democracia

Logo depois deste comunicado da PLATEIA, a Direcção Geral das Artes anunciou à comunicação social e no seu site que iria disponibilizar uns tópicos (!) que está a preparar para um período de três dias (!) de debate público. Eu, que sou tonta, ainda tive esperança de que disponibilizassem o proposta de portaria que elaboraram. Mas hoje, como prometido, publicou uma espécie de resumo (!), dizendo: colocamos à consideração dos agentes da comunidade artística, bem como de todos os interessados, uma proposta de tópicos que consideramos fundamentais para a referida regulamentação. Até dia 18 de Setembro serão acolhidas sugestões, críticas ou aditamentos através do endereço de e-mail suporte@dgartes.pt.
Será brincadeira? De muito mau gosto?

13 setembro 2008

Eu também quero ver televisão

Está a dar o programa do provedor da RTP. E estão uns senhores a dizer que Os Contemporâneos não é bom para um canal generalista porque exige bagagem cultural e aborda temas que não interessam toda a gente. Também partilha com o Telerural o terrível defeito de gozar connosco...

10 setembro 2008

Este Ministério da Cultura não serve a Portugal

Tomada de posição da PLATEIA, divulgada hoje.

Em Agosto foi aprovado em Conselho de Ministros o Decreto-Lei que cria um novo quadro para o financiamento das Artes pelo Estado (o terceiro em quatro anos). No preâmbulo afirma-se que “Apoiar a criação, a produção e a difusão das artes bem como consolidar, qualificar e dinamizar as redes de equipamentos culturais são objectivos inscritos no programa do XVII Governo Constitucional. Um dos principais instrumentos de realização dessas duas dimensões correlacionadas da política cultural é o financiamento público de actividades e projectos que contribuam, quer para projectar nacional e internacionalmente a criatividade e a capacidade de inovação artísticas, quer para desenvolver a sensibilidade e o pensamento crítico das populações, promovendo a sua qualificação e a coesão social.” E apresentam-se como objectivos estratégicos: “a) Promover o acesso público às artes, contribuindo para a elevação da qualidade de vida, da cidadania e da qualificação das populações; b) Promover a criatividade e a inovação artísticas.”

Estamos em Setembro e a nova legislação ainda não foi publicada. Não foi ainda sequer discutida publicamente a respectiva Portaria, que deverá regulamentar os concursos em que o regime de financiamento assenta. Em Dezembro de 2008 acabam os contratos de financiamento em vigor e nada se sabe sobre o que acontecerá aos profissionais e públicos da arte.

Nos últimos anos o Estado tem respondido aos atrasos com renovações imediatas dos contratos em vigor, acentuando as assimetrias, desvalorizando o cumprimento de objectivos e fechando as portas às novas gerações.

É tempo de pôr cobro a esta situação.

É inaceitável que o financiamento às artes acentue as assimetrias regionais. A região Norte, a mais populosa do país, conta com um financiamento equivalente a 50% da média nacional.

É inaceitável que o Estado não fiscalize o cumprimento dos objectivos de interesse público que determina. Nos últimos quatro anos a única comissão de acompanhamento e fiscalização do Ministério da Cultura que funcionou foi a do Norte. Na Região de Lisboa e Vale do Tejo, que absorve metade do investimento nacional, pura e simplesmente não existiu fiscalização.

É inaceitável que há já quatro anos nenhuma nova estrutura tenha sequer a possibilidade de concorrer a um financiamento sustentado.

Acima de tudo é inaceitável que o Estado mantenha uma situação de facto intolerável, escudando-se no não cumprimento de prazos e objectivos que são da responsabilidade exclusiva do próprio Estado.

É inaceitável que o Estado crie constantemente situações limite e confusas para esconder o seu desinvestimento na Arte, no todo do território nacional e nas novas gerações.

A PLATEIA – Associação de Profissionais das Artes Cénicas exige que o Estado divulgue já a solução pensada para ultrapassar a situação de iminente suspensão da actividade artística em Portugal, e que essa solução seja capaz de corrigir assimetrias regionais, de retirar consequências dos processos de acompanhamento e fiscalização e de dar oportunidades reais às novas gerações.

Aqui a análise da PLATEIA ao novo Decreto-Lei

Aqui a análise e gráficos relativos ao investimento nacional e por região.

02 setembro 2008

parolo em cosmopolitês

Um exemplo da norma:
Enquanto programam exposições sobre Berlim ou Nova Iorque explicam que dificilmente se pode fazer uma circulação nacional de "Vou ao Porto" porque é muito local.