27 dezembro 2008

coisas que se dizem nas eleições...

O Bairro São João de Deus foi abaixo. Em 2002 ia ser reabilitado.




A construção no Parque da Cidade, inadmissível em 2002, vai para a frente.

"Para cumprir a promessa que fez aos portuenses, de não autorizar construções no Parque durante os próximos quatro anos, Rui Rio vai ter que pagar a peso de ouro as respectivas indemnizações ao consórcio imobiliário liderado pela Imoloc. Que agora tem luz verde para arrancar com o projecto habitacional e comercial numa zona de superluxo, de um lado a Avenida da Boavista, do outro a Circunvalação."
Notícia de O Comércio do Porto em 5 de Janeiro de 2002, assinada pela jornalista Florbela Guedes, actual responsável pelo Gabinete de Comunicação da Câmara do Porto
Rui Sá, da CDU, que no anterior mandato esteve ao lado de Rui Rio em toda esta polémica, diz que precisa de conhecer o teor do acordo "para poder analisar os valores e ver se o interesse do município está a ser salvaguardado". Irónico, diz que é preciso "ver se o presidente não se terá esquecido de divulgar outros pormenores", mas alerta para a questão dos mais de 43,5 milhões de euros em património que a autarquia se propõe dar em troca do acordo. "Era importante saber-se qual o património que, desde o início do mandato, a câmara já alienou para pagar dívidas". O vereador alerta para o risco de o município estar a "degradar a situação patrimonial apenas para salvar a situação financeira" e pergunta se Rui Rio "não deveria ter tentado um acordo logo desde o início do mandato".

[...] este negócio tem a vantagem de colocar um ponto final numa série de processos que dificilmente a autarquia venceria. Mas não deixa de motivar algumas interrogações. Era necessário tanto tempo para solucionar este litígio? E caso a solução tivesse sido encontrada há mais tempo, não é legítimo pensar que a solução teria sido mais económica para os cofres do município? Rui Rio está muito mais empenhado em fazer passar a ideia de que o empreendimento que viabilizou para os terrenos a sul do parque não se encontram no seu interior e sim no seu exterior. Não foram os limites do parque que foram alterados. O presidente de câmara limitou-se foi a aceitá-los para poder chegar a um acordo sem o ónus de ter permitido algo contra o qual sempre esteve.

Como o Sr. diz que é sério com cara séria temos de acreditar que é. Ou não?


Como sempre, graças à Baixa do Porto

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