Quando era pequena tinha duas argolas de metal que tinham sido do meu pai. Entre duas folhas de cartão metia quase tudo. Agora só meto o pé na argola.
E foi só depois de lhe virar as costas, enquanto caminhava lentamente na direcção da porta, pensando na parvoíce que é desejar um bom trabalho a um homem armado, com o Lino no alpendre à minha espera, satisfeito por ter resolvido a ambiguidade daquela presença, que as pernas me começaram a tremer como se fossem feitas de gelatina.
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