17 agosto 2009

Isabel Alves Costa


Não faço ideia de quantos espectáculos vi programados pela Isabel. Foram muitos, mesmo muitos. Teatro, dança, novo circo, quase sempre no Rivoli. Nos último anos,em frente ao Rivoli, com a programação do FIMP para a Praça D. João I.

Também não sei dizer quantas vezes se cruzou com o Visões Úteis. Foram muitas.

Lembro o início do Visões, altura em que o Rivoli estava em obras, e ela desenhava o que seria o teatro municipal na Rua Entreparedes, e nos emprestava o material armazenado para usarmos no Sá da Bandeira.

Ainda este ano, em conversa e entre risos, recordávamos as duas a altura em que o Visões Úteis estreou o (e no) Pequeno Auditório do Rivoli - novinho em folha, mas ainda sem os espelhos no tecto do átrio -, e eu lhe perguntei se as pegadas de pó marcadas no contraplacado do tecto eram do homem-aranha e ouvi a resposta "a menina é um bocadinho parvinha, não é?".

Em 2001, quando ficámos sem apoio do Ministério porque o nosso projecto era "megalómano", ela acreditou que o projecto tinha sentido e - através da Porto 2001 - fez parte da sua concretização.

E, ao longo de tempos muito diferentes, em que muitas vezes tivemos posições opostas, nunca deixámos de conversar. A Isabel não fechava portas a ninguém.

A última vez que estive com ela foi no debate do BE sobre Teatro Municipal. A próxima será em Setembro, a ver o FIMP que programou.

Sem comentários: