31 julho 2009

Hoje: apresentação lista BE Porto Legislativas

Hoje às 18h é apresentada a lista de candidatos do Bloco de Esquerda à Assembleia da República pelo círculo eleitoral do Porto.

Eu integro a lista, como independente. Sou a número três de uma lista encabeçada por João Semedo e que tem como mandatário António Capelo. Esta foi uma decisão pessoal complicada mas convicta, que muito provavelmente me fará dedicar os próximos quatro anos à política cultural "do outro lado".

Ao final da tarde, candidatos com intervenções profissionais e cívicas em áreas diversas vão afirmar publicamente os seus compromissos políticos e as razões porque integram esta lista.

Contando também com a presença de Francisco Louçã, a apresentação tem lugar na Praça Parada Leitão (junto à reitoria da universidade e ao café “piolho”), hoje, dia 31 de Julho de 2009, às 18h00.

14 julho 2009

Adenda à notícia do Público

sobre o Palácio de Cristal:

está a correr uma petição contra o projecto da Câmara. Pode ser lida e assinada aqui.
E, entre outras iniciativas, no domingo estivemos por lá:



A acrescentar também que, para além do atentado ambiental que a Campo Aberto - e muito bem - denuncia, há também um atentado social e democrático: todos os espaços nobres da cidade estão a ser concessionados a privados e depois só poderá usufruir deles plenamente quem lhes quiser e puder pagar...

10 julho 2009

Bom Sucesso

O actual executivo da Câmara Municipal do Porto continua a demitir-se de fazer aquilo para que foi eleito - administrar e cuidar da Cidade do Porto - e prossegue a sua política de entregar o que é de todos aos privados sem qualquer consideração por quem a habita.

Todos os dias este executivo, com o silêncio cúmplice do PS, mata mais um local de vida da cidade do Porto. Todos os dias atenta contra a felicidade quotidiana de quem aqui vive. Todos os dias trabalha para a degradação do colectivo para depois vender o que a cidade tem de melhor aos negócios privados.

Desta vez é o Mercado do Bom Sucesso. No dia 1 de Julho foi anunciado publicamente pela Câmara Municipal do Porto uma conversão do espaço que passa pela sua entrega a um promotor privado que fará do edifício um hotel low-cost, escritórios e estacionamento mantendo apenas umas poucas lojas em volta.

A história não é nova; ao longo dos anos investe-se na degradação do local público e depois apresenta-se como única solução a sua entrega aos negócios privados. É a estratégia usada com o Rivoli, o Pavilhão Rosa Mota, O Mercado do Bolhão... Infelizmente já todos a conhecemos bem demais.

O Mercado do Bom Sucesso não tem obras de recuperação há já vários anos - o actual executivo nem sequer se deu ao trabalho de concorrer aos fundos do QREN para a reabilitação de um património que está em vias de classificação -, sofre a concorrência desleal de um mercado ilegal que todas as madrugadas funciona mesmo ao lado sem que ninguém o impeça e há já vários anos que não são emitidas novas licenças - quando algum vendedor se reforma o seu espaço fica fechado, mesmo havendo novos interessados, aumentando assim o ar de abandono do local.

Querem fazer-nos acreditar agora que a solução é um negócio em que um privado desalojará os vendedores, pagando a indeminização que a sua generosidade entender, e que, em troca, nada pagará de renda à autarquia durante quase 4 décadas. Com base no abandono fabricado impõe-se agora à cidade um negócio opaco e que a priva do seu património.

Mas está o Mercado irremediavelmente abandonado pela população? Não, não está. Os vendedores - que o executivo camarário quer agora convencer de que a nada têm direito - pagam renda mensalmente e fazem lá o seu comércio. Nada parou e continua a haver interessados em vender e compar frescos naquele espaço.

E pensemos um pouco. O Mercado do Bom Sucesso fica no centro do Porto. À sua porta passa quotidianamente uma multidão de gente que vive e trabalha na Cidade, ou que a visita, e cujo percurso está ligado aos escritórios, lojas, faculdades, hotéis e transportes que o rodeiam. Numa cidade moderna um mercado de frescos é um ponto vital de cruzamento diário, o ponto de acesso aos produtos frescos locais que é também um local de animação da cidade. Por toda a Europa os mercados são locais festivos; como pode o Mercado do Bom Sucesso, localizado na cidade portuguesa com mais escolas artísticas e a dois passos da Casa da Música, ficar fora desse modelo? A cidade do Porto é rodeada de hortas; como podemos negar os pontos de troca entre produtores e consumidores dos produtos frescos de produção local, os nutricional e ambientalmente mais desejáveis?

O Mercado do Bom Sucesso precisa de intervenção, sim. Precisa de condições para cargas e descargas, precisa de obras de requalificação, precisa de actividades complementares à venda de frescos, como a venda de artesanato e a animação cultural. O edifício tem o espaço ideal para combinar um grande mercado de frescos com serviços complementares, comércio de artesanato tradicional e urbano, espaços permanentes de animação com música, artes performativas e artes de rua.

O que o Mercado do Bom Sucesso não precisa é de deixar de ser um Mercado. O que a cidade não pode é dar-se ao luxo de perder mais este espaço público, urbano, vivo, popular e cultural.

Escrito na sequência da visita de dia 7 e publicado hoje no esquerda.net

04 julho 2009

da rentabilidade

Uma legenda na RTP N diz "O Presidente da República acredita na rentabilidade da Cultura". A sério?

E na "rentabilidade" da educação, acredita?
E na "rentabilidade" da saúde, acredita?
E na "rentabilidade" da defesa, acredita?
E na "rentabilidade" da ...

02 julho 2009

pic-nic nos jardins do Palácio / o espaço público é nosso

Dia 12 de Julho, domingo
encontro às 16h
Parque das Merendas dos Jardins do Palácio de Cristal.


Às palavras comuns vamos juntar uma celebração colectiva fazendo o que fazemos sempre: usando o espaço público.

Traz lanche, bicicleta, triciclo, malabares, música... mas vamos também ouvir e viver o jardim romântico que nos resta no centro do Porto.

Contra a privatização do espaço público e a destruição sem critério do património da nossa cidade. Pela salvaguarda do Pavilhão Rosa Mota e seus jardins como equipamento público para usufruto de tod@s.

Aparece e divulga!

A melhor forma de defender o espaço público é celebrá-lo.