23 novembro 2010

Quem não pára, consente

Amanhã é dia de Greve Geral. Amanhã quem não pára, consente. E nós não consentimos; não baixamos os braços perante a injustiça nem deixamos que nos roubem o futuro. E assumimos a maior de todas as responsabilidades: a solidariedade.

A Greve é uma exigência de justiça. Porque não podemos aceitar um país cada vez mais desigual, em que as notícias da distribuição dos dividendos que não pagam impostos se cruzam com as das famílias que cada vez mais dependem da caridade para comer, em que nos curvamos perante os mercados sem rosto e os trabalhadores são despedidos por sms, em que se compram blindados inúteis enquanto jovens se vêem obrigados a deixar de estudar.

Fazer Greve é exigir o futuro. Porque não tem sentido que hoje se exijam sacrifícios aos mesmos de sempre para proteger os mesmos de sempre. Porque não se podem exigir sacrifícios hoje que sabemos já que apenas levarão a novos sacrifícios no futuro. Porque um país sem justiça, sem direitos, sem serviços públicos é um país cada vez mais desigual. E um país cada vez mais desigual será cada vez mais pobre, com mais desemprego, mais precariedade, menos futuro.

Quando fazemos Greve somos solidários. Trabalhadores e trabalhadoras fazem ouvir a sua voz por si e por todos. Contra todas as injustiças e desigualdades. Nesta época tão difícil, em que são atacados os mais básicos direitos, cada trabalhador e trabalhadora que faz greve está a lutar em nome de todas e todos os trabalhadores, desempregados, precários, pensionistas, crianças. E cada um de nós que apoia e faz a festa da Greve ergue bem alto essa voz que é de todos.


Sem comentários: