Estivemos este sábado em Guimarães com o espectáculo "Adúlteros Desorientados". Foi no café-concerto do Centro Cultural Vila Flor. A equipa técnica foi fantástica e criou as soluções ideais de rotação dos espectáculos pelo palco. O público era bastante e aderiu ao espectáculo. No final a produção do Vila Flor deu-nos os parabéns; o público do café-concerto ainda precisa de ser trabalhado - normalmente não faz silêncio durante os espectáculos. Connosco, com o Pedro, fez. Que bom!
Correu bem, não correu?
Não, não correu.
Porque nós não íamos fazer um espectáculo para o público do café-concerto. Nós íamos fazer um espectáculo para a Expocultura. E isso não correu nada bem.
A aposta era simples: nós oferecemos um espectáculo a um evento que nos oferece um público especializado, potenciando as possibilidades de circulação do nosso trabalho. Mas o público especializado não estava lá. O espectáculo teve até de ser adiado das 21h (o horário da expocultura) para as 21h30 (o horário normal para o público em geral).
E porque correu mal a Expocultura?
Porque em Portugal não há tradição deste tipo de coisas. Claro!
E porque os programadores estão habituados ao conforto dos menus e encomendas. Claro!
E porque os criadores também arriscam pouco nestas coisas. Claro!
Mas também porque a organização pensou mais na forma do que no conteúdo. E formalmente o relatório até não será mau de todo. No papel, claro. Só no papel.
Não basta dizer que se proporciona o encontro. É preciso criá-lo activamente. Porque não foram distribuídas fichas de contactos de criadores e programadores presentes na Expocultura ou nos encontros Alcultur? Porque não se teve uma política activa de levar os programadores a conhecer os trabalhos dos Showcases? Porque não se criaram os mecanismos para fazer chegar informação dos criadores aos programadores? (veja-se o exemplo galego descrito pelo João). Porque ficou a sensação de que quem arriscou com a organização foi mais um peso do que um parceiro?
Digo sempre, e repito, que lutar contra o estado de coisas é difícil e é tarefa colectiva. Fácil é dizer mal de quem tenta dar qualquer passo só porque não se chega à meta logo à primeira passada. Mas a boa vontade e solidariedade para com que arrisca primeiros passos - que justificou a nossa adesão ao evento - não pode impedir a crítica.
Uma apontamento final, que não tendo importância efectiva, é revelador: no fim do espectáculo a equipa do Centro Cultural Vila Flor agradeceu e deu os parabéns ao Visões Úteis. Da equipa da Cultideias, a organizadora do evento, nem uma palavra.
Correu bem, não correu?
Não, não correu.
Porque nós não íamos fazer um espectáculo para o público do café-concerto. Nós íamos fazer um espectáculo para a Expocultura. E isso não correu nada bem.
A aposta era simples: nós oferecemos um espectáculo a um evento que nos oferece um público especializado, potenciando as possibilidades de circulação do nosso trabalho. Mas o público especializado não estava lá. O espectáculo teve até de ser adiado das 21h (o horário da expocultura) para as 21h30 (o horário normal para o público em geral).
E porque correu mal a Expocultura?
Porque em Portugal não há tradição deste tipo de coisas. Claro!
E porque os programadores estão habituados ao conforto dos menus e encomendas. Claro!
E porque os criadores também arriscam pouco nestas coisas. Claro!
Mas também porque a organização pensou mais na forma do que no conteúdo. E formalmente o relatório até não será mau de todo. No papel, claro. Só no papel.
Não basta dizer que se proporciona o encontro. É preciso criá-lo activamente. Porque não foram distribuídas fichas de contactos de criadores e programadores presentes na Expocultura ou nos encontros Alcultur? Porque não se teve uma política activa de levar os programadores a conhecer os trabalhos dos Showcases? Porque não se criaram os mecanismos para fazer chegar informação dos criadores aos programadores? (veja-se o exemplo galego descrito pelo João). Porque ficou a sensação de que quem arriscou com a organização foi mais um peso do que um parceiro?
Digo sempre, e repito, que lutar contra o estado de coisas é difícil e é tarefa colectiva. Fácil é dizer mal de quem tenta dar qualquer passo só porque não se chega à meta logo à primeira passada. Mas a boa vontade e solidariedade para com que arrisca primeiros passos - que justificou a nossa adesão ao evento - não pode impedir a crítica.
Uma apontamento final, que não tendo importância efectiva, é revelador: no fim do espectáculo a equipa do Centro Cultural Vila Flor agradeceu e deu os parabéns ao Visões Úteis. Da equipa da Cultideias, a organizadora do evento, nem uma palavra.
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