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do centralismo
A denúncia do centralismo está a transformar-se numa "crescente irritação face ao exercício do poder, quase rotineiro, a partir de Lisboa", de que fala Carlos Lage, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N). E as oportunidades para o fazer multiplicam-se. É o caso recente da decisão política de instalar em Lisboa os gestores dos fundos comunitários, apesar de as verbas para os pagar saírem dos fundos destinados às regiões mais pobres e de todos os seus interlocutores se encontrarem no Norte, no Centro e no Alentejo, lembra Luís Ramos, especialista em desenvolvimento regional.
Os exemplos são inúmeros e têm dado espaço a cada vez mais denúncias da excessiva concentração de poder e à reclamação de maiores competências e autonomia regional. Insuspeita, a OCDE, que reúne os 30 países mais ricos do mundo, é uma dessas vozes. Em 2007, um estudo sobre Portugal concluía que o país é o segundo mais centralizado no seu "clube", a seguir à França e elogiava o esforço feito pelo Governo de criar políticas de desenvolvimento regional, apesar de afirmar que só existiam porque a União Europeia assim exigia, a troco de 21,5 mil milhões de euros para desenvolver as regiões.
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