O acesso à pluralidade e diversidade de mundos que a arte e a cultura proporcionam é um direito; um direito de acesso ao conhecimento, acesso a escolha, a igualdade de oportunidades. E cabe ao Estado assegurar esse direito, com equipamentos culturais em todo o território e com políticas consequentes de investimento no património e nas artes.
Não nos enganemos: a política cultural não é um luxo. É determinante à democracia. E é luta pelo poder. Quem entra nos equipamentos culturais, símbolos do poder em todas as épocas, quem descodifica arte e património, fontes inesgotáveis de conhecimento, tem mais: mais hipóteses de escolha, mais capacidade reivindicativa, mais qualificação, mais salário. A ausência de políticas culturais acentua o fosso das desigualdades sociais e rouba todos os dias oportunidades à esmagadora maioria da população.
Nas jornadas autárquicas do Bloco de Esquerda debatemos o poder local para lá do betão, incluindo as políticas culturais. As estatísticas dizem-nos que as autarquias investem cada vez mais em cultura. A ser verdade, ainda bem. Mas temos de, em cada local, tentar perceber o que significa isto. Muitas vezes é simplesmente mais betão: um novo centro cultural com programa desconhecido e sem qualquer garantia de sustentabilidade. Muitas outras vezes, um amontoado de eventos turísticos pontuais que nada inscrevem no quotidiano das populações. Outras ainda a repetição de fórmulas de entretenimento massificado em nada distintas do que o mercado nos oferece todos os dias.
O combate quotidiano do Bloco de Esquerda por justiça social passa também por aqui: exigir ao Governo e a cada autarquia políticas culturais consequentes. Equipamentos culturais equipados, com autonomia da tutela e objectivos definidos, com políticas de preços e horários que os tornem acessíveis, que a população saiba que existam e onde estão, que sejam servidos por transportes públicos. Regras claras de apoio à iniciativa privada, com objectivos e responsabilidades bem definidas de todas as partes. E mediação cultural, sempre, para quebrar muros e combater guetos.
Não nos enganemos: a política cultural não é um luxo. É determinante à democracia. E é luta pelo poder. Quem entra nos equipamentos culturais, símbolos do poder em todas as épocas, quem descodifica arte e património, fontes inesgotáveis de conhecimento, tem mais: mais hipóteses de escolha, mais capacidade reivindicativa, mais qualificação, mais salário. A ausência de políticas culturais acentua o fosso das desigualdades sociais e rouba todos os dias oportunidades à esmagadora maioria da população.
Nas jornadas autárquicas do Bloco de Esquerda debatemos o poder local para lá do betão, incluindo as políticas culturais. As estatísticas dizem-nos que as autarquias investem cada vez mais em cultura. A ser verdade, ainda bem. Mas temos de, em cada local, tentar perceber o que significa isto. Muitas vezes é simplesmente mais betão: um novo centro cultural com programa desconhecido e sem qualquer garantia de sustentabilidade. Muitas outras vezes, um amontoado de eventos turísticos pontuais que nada inscrevem no quotidiano das populações. Outras ainda a repetição de fórmulas de entretenimento massificado em nada distintas do que o mercado nos oferece todos os dias.
O combate quotidiano do Bloco de Esquerda por justiça social passa também por aqui: exigir ao Governo e a cada autarquia políticas culturais consequentes. Equipamentos culturais equipados, com autonomia da tutela e objectivos definidos, com políticas de preços e horários que os tornem acessíveis, que a população saiba que existam e onde estão, que sejam servidos por transportes públicos. Regras claras de apoio à iniciativa privada, com objectivos e responsabilidades bem definidas de todas as partes. E mediação cultural, sempre, para quebrar muros e combater guetos.
publicado hoje no esquerda.net
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