08 abril 2008

que inveja dos belos umbigos limpos

de quem não deve nada a ninguém. nem a quem veio antes nem a quem chegou depois. nem a quem está perto nem a quem está longe.
que inveja de quem é sempre radicalmente original e independente em todos os seus gestos.
o meu umbigo está tão cheio de tralha...

2 comentários:

ada disse...

Também eu tenho o meu umbigo cheio de tralha. E... sabes?... não tenho qualquer projecto de o fazer limpar. Gosto muito da minha tralha. E... sabes?... no meio da minha tralha estás tu!

catarina disse...

tu também estás na minha e sabes bem que nunca a limparia...
e hoje, a propósito disto e de tantas outras coisas, lembrei-me de ti ao ler:

"Convite para uma chávena de chá de jasmim

Entre, dispa a
tristeza, aqui
pode nada dizer"

(Reiner Kunze, traduzido por Luz Videira e Renato Correia)

O que, claro, não quer dizer que me lembre mais das nossas alturas difíceis do que das outras. Como a que inaugurou este blog (a festa improvisada na relva na praça em setembro de 2006)