10 julho 2008

do dactilógrafo

que fazer quando tudo arde?

Há muitas coisas a acontecer e a justificarem a úlcera. Tenho-as contornado cuidadosamente só que, por muito que um tipo fuja para muito longe, o futuro há-de caçá-lo mais adiante.

Que podemos fazer quando tudo isto acontece? Assumir que é apenas fenómeno da época e empurrar os amendoins com uns goles de cerveja?

Que fazer quando tudo arde?

Quando a besta anuncia a recandidatura regozijando-se por ter como provável concorrente do PS a Elisa Ferreira – e todos sabemos qual é o lugar do mulherio – falando com a arrogância que se lhe conhece e abomina, usando termos como “esperamos meter mais vereadores” e outras medievalidades?

Quando a besta italiana lança o abjecto POGROM contra os ciganos que vivem no país e a Europa (União Europeia, Estados mas, sobretudo, os cidadãos) se mantém impávida e serena?

Quando os EUA avançam para um escudo anti-míssil a meio do continente europeu como forma elementar de política externa?

Quando a submissão do ensino a tabelas de resultados para OCDE ver é finalmente assumida como desígnio?

Quando a apresentação de um livro da minha vice, pago pela Price Waterhouse Coopers e completamente fora das suas atribuições aqui no tasco, é a razão para ocupar o tempo de trabalho da nossa secretária que, desde ontem, não nos presta qualquer apoio, dado que está atarefada com as questões envolvendo a cerimónia de apresentação da obra da sua chefe?




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